Acidentes por animais peçonhentos e os rins

Você sabia que ataques por animais peçonhentos podem comprometer os seus rins?

Quer saber mais? Então fique com a gente que você vai descobrir.

Afinal, o que são animais peçonhentos?

O que são animais peçonhentos?

São animais que produzem e secretam veneno, por meio de um mecanismo instintivo, de defesa e caça.

Os mais comuns no Brasil são: cobras, aranhas, escorpiões, lacraias, taturanas, vespas, formigas, abelhas e marimbondos.

O veneno desses animais pode até levar a morte, portanto, todo cuidado é pouco.

De acordo com o Portal do Ministério da Saúde foram registrados no Brasil cerca de 140 mil acidentes por animais peçonhentos, dentre serpentes, aranhas, escorpiões, lagartas, abelhas e outros animais em menor proporção.

Habitualmente acidentes com esse tipo de animal eram mais frequentes no interior e em zonas rurais.

No geral eram acidentes casuais e notadamente associados a trabalhos em lavouras.

No entanto, hoje em dia, em grandes centros urbanos é, cada vez mais comum, acontecer acidentes desta natureza.

Isso acontece por conta da degradação do habitat natural desses animais.

Fora do seu ambiente natural, eles acabam migrando para a zona urbana, alojando-se em entulhos e restos de construção civil.

Os acidentes por animais peçonhentos podem ser considerados:

  • Leves;
  • Moderados;
  • Graves.

Normalmente são ocorrência que necessitam ser notificadas, investigadas e informados à autoridade epidemiológica local.

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Como ataques por animais peçonhentos podem comprometer os rins?

A picada de uma serpente, por exemplo, pode comprometer o bom funcionamento dos rins, levando o individuo a desenvolver, entre outras complicações graves, a Insuficiência Renal Aguda (IRA).

Os acidentes com serpentes são conhecidos como acidentes ofídico ou ofidismo.

De acordo com Portal do Ministério da Saúde, no Brasil, as serpentes peçonhentas de interesse em saúde pública pertencem às Famílias Viperidae e Elapidae.

Os acidentes estão divididos em quatro tipos:

  • acidentes botrópicos (acidentes com serpentes dos gêneros Bothrops e Bothrocophias – jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca, comboia);
  • acidentes crotálicos (acidentes com serpentes do gênero Crotalus – cascavel);
  • acidentes laquéticos (acidentes com serpentes do gênero Lachesis – surucucu-pico-de-jaca);
  • acidente elapídico (acidentes com serpentes dos gêneros Micrurus e Leptomicrurus – coral-verdadeira).

Nos acidentes  botrópicos,  com jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca, comboia, a Insuficiência Renal Aguda (IRA) é advinda da isquemia renal secundária a microtrombos em capilares.

Já nos acidentes crotálicos, com cascavéis, possui maior coeficiente de letalidade a ocorrência de rabdomiólise e IRA com necrose tubular e instalação em 48 horas.

Mas, não para por aí!

O veneno de aranhas, especialmente da espécie Phoneutria, conhecida como armadeira ou aranha-bananeira, também pode levar o indivíduo a desenvolver um quadro de insuficiência renal aguda.

Acidentes com Phoneutria pode desencadear acidose metabólica e ocorrências com Loxoceles,  habitualmente elevam as taxas de ureia, creatinina e potássio.

O tratamento de acidentes ocorridos com qualquer espécie de animal peçonhento deve ser hospitalar.

É indispensável a avaliação clínica e laboratorial para estabelecimento da conduta clínica, que envolve normalmente internação hospitalar a depender das características do acidente.

Sendo necessário a dessensibilização, soroterapia, analgesia, antibioticoterapia, além de cuidados locais e atenção a reações sistêmicas.

No caso, a terapia renal substitutiva (tratamento da insuficiência renal) só é indicada quando medidas de remediação prévias não forem resolutivas, necessitando assim de filtração glomerular extracorpórea.

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8 Ações que você deve tomar em caso de acidentes por animais peçonhentos

No portal do Ministério da Saúde você vai encontrar este artigo, vale a pena conferir.

O artigo é bem explicativo e aborda todos os primeiros cuidados que a pessoa deve ter em caso de acidentes por animais peçonhentos, incluindo uma lista de hospitais com atendimentos especializados neste tipo de acidente.

Confira alguns cuidados recomendados:

  1. Procure atendimento médico imediatamente.
  2. Informe ao profissional de saúde o máximo possível de características do animal, como: tipo de animal, cor, tamanho, entre outras.
  3. Se possível, e caso tal ação não atrase a ida do paciente ao atendimento médico, lave o local da picada com água e sabão (exceto em acidentes por águas-vivas ou caravelas), mantenha a vítima em repouso e com o membro acometido elevado até a chegada ao pronto socorro.
  4. Em acidentes nas extremidades do corpo, como braços, mãos, pernas e pés, retire acessórios que possam levar à piora do quadro clínico, como anéis, fitas amarradas e calçados apertados.
  5. Não amarre (torniquete) o membro acometido e, muito menos, corte e/ou aplique qualquer tipo de substancia (pó de café, álcool, entre outros) no local da picada.
  6. Especificamente em casos de acidentes com águas-vivas e caravelas, primeiramente, para alívio da dor inicial, use compressas geladas de água do mar (ou pacotes fechados de gelo – “cold packs” – envoltos em panos, se disponível). A remoção dos tentáculos aderidos à pele deve ser realizada de forma cuidadosa, preferencialmente com uso de pinça ou lâmina. Procure assistência médica para avaliação clínica do envenenamento e, se necessário, realização de tratamento complementar.
  7. Não tente “chupar o veneno”, essa ação apenas aumenta as chances de infecção local.
  8. ATENÇÃO: Não faça, em hipótese alguma, torniquete ou garrete; não fure, corte, esprema ou faça sucção no local da picada; não coloque folhas, pó de café, pomadas, fumo ou urina no local da picada; não tome nem aplique bebidas alcoólicas no local.

Referências

Ministério da Saúde. Acidentes por animais peçonhentos. Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/acidentes-por-animais-peconhentos

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