A atual pandemia por COVID-19 é um enorme problema de saúde pública que se agrava.
Milhões de pessoas contraíram o vírus e um número significativo delas perdeu a vida.
Paralelamente, hesitações e graves consequências acontecem a partir da “viralização” de fake news, ou até mesmo de tratamentos duvidosos, por vezes divulgados como soluções milagrosas.
Soma-se a este contexto de incertezas o fato de que alguns medicamentos foram autorizados emergencialmente para a terapêutica da COVID-19 por agências reguladoras sanitárias como o FDA e a ANVISA, mas ainda estão sendo testados quanto à eficácia e segurança.
Até o presente momento não existem provas científicas robustas, obtidas em ensaios clínicos randomizados, que determinem um medicamento anti-Covid-19.
Existem estudos que justificam a utilização emergencial de muitos medicamentos sintomáticos, a exemplo dos Interferons, que diminuem da resposta inflamatória aguda nos pulmões, da Enoxaparina, que reduz manifestações trombóticas no tecido respiratório, e até mesmo das drogas antivirais não sintomáticas, como o Remdesivir.
O conhecimento científico embasa o uso de medicamentos complementares na terapia da COVID-19, na perspectiva de que os mesmos possam reduzir o tempo internamento em UTI.
Nos pacientes que desenvolvem pneumonia com sintomas críticos da Covid-19 nenhuma destas terapêuticas exclui a necessidade de atendimento médico de alta complexidade (frequentemente intubação).
Vencer essa crise pandêmica perpassa ouvir a ciência e entender que ainda não há qualquer terapêutica curativa ou preventiva da COVID-19, o que justifica a necessidade de isolamento, testagem e medidas sanitárias.
Simultaneamente, é também necessária grande responsabilidade no processo de divulgação das informações.
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Breve Currículo do Autor do Artigo: Antonio Anderson é farmacêutico clínico industrial com Doutorado e Mestrado pelo PPG-Biotec UEFS/FioCruz, professor de Farmacoterapia e Farmácia Clínica da Faculdade Atualiza.
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